De acordo com o relatório mais recente da CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mais de 77 milhões de processos estavam em tramitação até final de 2019, para concluir todos estes processos seria necessário cerca de 7 anos.

É neste cenário que as lawtechs encontram oportunidades de mercado, elas são startups que desenvolvem soluções utilizando a automação, tecnologia e a inovação como forma de otimizar o trabalho de profissionais da área jurídica.

Atualmente muitas empresas e órgãos públicos estão em busca dessas startups, para assim, otimizarem seus processos e acelerar demandas que hoje ainda são muito onerosas e burocráticas.

O cenário indica uma tendência ainda mais promissora, onde especialistas apontam que em um futuro bem próximo, empresas do setor financeiro e até outras startups do setor, as chamadas fintechs, comprarão as lawtechs para acelerar ainda mais seus processos.

Um exemplo disso é a Jusbrasil, criada na Bahia em 2008 e focada em ser uma plataforma-ponte entre advogados e clientes, além de reunir toda a legislação e jurisprudência existentes de forma acessível. Existe também a Docket, que digitaliza e analisa documentos de diversos tipos. Esta última diz ter crescido 176% só nos primeiros seis meses de 2021.

Ainda há muitas frentes a serem trabalhadas dentro das lawtechs, não somente em questões relacionadas a papelada em cartórios, arquivos de empresas e órgãos públicos, que hoje é o que a maioria das existentes fazem. Há infinitas possibilidades de melhoria e muitas lacunas a serem atendidas, mas o crescimento no setor é certo.